Eu já me interessava por esse assunto já faz um bom tempo, mas nunca tinha
vivido nada, e nem esperava presenciar algo também. Mas uma coisa muito estranha
me aconteceu a alguns anos atrás, e depois de achar essa página e ler alguns
relatos resolvi deixar escrito aqui o que me aconteceu, para que outros possam
ler o que aconteceu comigo também.
Eu sou a mais nova de três filhos, e por ser a única mulher, sempre tive um
quarto só para mim. Nessa época eu tinha 13 anos (tenho 17 agora).
Uma noite eu estava quase dormindo, quando ouvi algumas risadas vindo do lado de
fora do meu quarto. Pareciam ser de uma menina de uns 7 ou 8 anos. Eu estranhei
isso, pois tirando a minha mãe eu era a única garota na casa. Eram uma dessas
risadas que crianças dão quando estão aprontando algo. Eu levantei da cama, fui
até o corredor e acendia a luz, mas não tinha ninguém lá. A porta dos outros
quartos (dos meus irmãos e dos meus pais) estavam fechadas, então não podia ser
som de algum dos quartos, e nem da TV da sala, já que estavam todos dormindo.
Depois de ver que não tinha ninguém no corredor, resolvi voltar para a minha
cama. Eu apaguei a luz do corredor e entrei no quarto.
Como sempre eu deixei a minha porta um pouco aberta (uns três dedos). Quando
estava quase chegando na cama eu ouvi a risada de novo, vindo do lado de fora da
minha porta. Eu parei onde estava e olhei para a porta, tentando ver algo pela
fresta dela, mas como estava escuro eu não conseguia ver muita coisa. Então de
repente a porta abriu como se alguém tivesse empurrado ela, e eu ouvi passos
vindo correndo na minha direção, então senti alguém mordendo o meu braço.
Eu comecei a gritar de dor e medo, e acabei acordando os meus pais e a os meus
irmãos. Todos vieram correndo para o meu quarto ver o que estava acontecendo.
Assim que eles entraram e acenderam a luz do meu quarto, eu senti a mordida
parar, mas não tinha ninguém no meu quarto além da minha família e eu. Então,
quem tinha me mordido? Eles perguntaram o que estava acontecendo e eu falei que
o meu braço estava doendo. A minha mãe falou que era cãibra. Como eu não queria
preocupar meus pais e não queria virar motivo de gozação para os meus irmãos
(quem é irmã mais nova sabe do que eu estou falando) eu concordei com a minha
mãe, mesmo sabendo que aquilo NÃO era cãibra.
Não ficou marca nenhuma de dente no meu braço (mais um motivo para fingir que eu
concordei com a minha mãe), mas a dor ficou, e era exatamente a dor de uma
mordida. Com os dias a dor passou. As risadas eu nunca mais ouvi. Eu acho que o
fantasma de alguma garotinha resolveu aprontar uma comigo, ou coisa parecida,
algum fantasma que estava só de passagem.
Não sei se é impressão minha, mas as vezes, hoje em dia, geralmente quando está
frio, eu sinto o meu braço doer um pouco, bem onde eu levei a mordida fantasma.
Caterine - Salvador - BA